segunda-feira, 29 de março de 2010

Maldição

Naufragas na urgência das lágrimas que chorei por ti.
Infelizmente não levas contigo os baús das memórias e das palavras que insistem em criar amarras e lançar âncoras na minha cabeça e que tento, a todo o custo, afogar.
Só trouxeste tempestade e mar bravio.
E afinal quem naufragou fui eu.

2 comentários:

  1. Tenhoa certeza que a minha autora irá tratar este pedacinho dela com mais carinho e trabalhá-lo melhor pois o potencial do texto é elevado.Já deu provas do que é capaz...

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  2. Ancorava-se à sua arca, onde tinha tudo do nada que lhe fora dado.
    Na mistura revoltosa das águas sentia que as sementes do Poeta lhe secavam os lábios, e não avistava o baú.Queria metê-lo na sua arca...
    E Bethânia instalada no sussurro sobrepondo-se ao rugido da tempestade...
    Procurava, perdido no seu olhar náufragado, e então percebeu que afinal Cavalda não sabia. nadar

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