quinta-feira, 8 de abril de 2010

A serenidade do teu toque compete, ferozmente, com a ansiedade de o sentir.

2 comentários:

  1. Visitas a minha noite, sem convite ou permissão, e apareces, nesse teu ar delicado de quem não pousa no chão; graciosa e nua me envolves com esse odor de cio que me enlouquece.
    E eu transformado, por Eros?,moço e belo para teu prazer, me ajoelho diante e sugo teu néctar, e trancas-me pelo pescoço em volúpia exaltada e desenhamos prados coloridos e vales e rios e todo o mel contido.
    E no silêncio das palavras ditas no olhar, temo-nos e somo-nos sem pudores, glorificando fluídos em abraços e beijos no sentir de todos os sentidos.
    E no despertar, o sorriso no abraço dessa ausência que já não dói...
    Porque visitas a minha noite e me tocas, cheia de graça.

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  2. E foi o toque para fim do que não começou.E deixaste-nos sem beber do rio que nos levaria a teus mares.Desse mar apenas o seu arfar e o cheiro do sal nas algas que brilham com os reflexos vagabundos dessa luz vinda do horizonte que doira os grãos de areia com que nos misturariamos, ínfimos, glorificados pelo marulhar das tuas vagas envolventes.
    Se um dia voltares verás o vulto que se confunde com as sombras das dunas e dos dias.

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