sábado, 20 de março de 2010

Pegava dezenas de vezes no telefone. Segurava-o a medo junto à face, esperando ansiosamente que do outro lado brotasse a tua voz sussurrada, trauteando no meu ouvido a canção de amor outrora alinhavada com fios de beijo e de mel .
Em vez da tua voz, a linha que nos une devolvia-me apenas um sinal monocórdico de interrompido.
Tal como nós.


[Imagem daqui]

1 comentário:

  1. Sou o primeiro em alguma coisa!
    Uma linguagem cristalina, sem floreados, e bem construida, dizendo tudo qual poema!
    Tenho muita fé neste blog!

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